sábado, 29 de outubro de 2011

Biblioteca Digital Mundial


Na Biblioteca Digital Mundial, da Unesco as informações estão divididas por continentes, o que facilita a navegação. Trinta e duas instituições de vários países contribuíram para formar o acervo, que é riquíssimo. São mapas, documentos raros, livros, pinturas rupestres, fotos e gravuras, como as do Japão.
A busca pode ser feita por período, tema ou lugares, tudo está disponível em sete idiomas, entre eles, o português e em alguns casos é possível ouvir as informações, pois possui filmes e gravações de bibliotecas de todo o mundo que foram digitalizados e traduzidos.
Tudo isso está disponível no site http://www.wdl.org/pt/.




domingo, 23 de outubro de 2011

Imagem

Através de uma imagem obtemos inúmeras leituras, como esta acima de Johnny Deep, através desta caricatura recordamos diversos filmes , como por exemplo:

Edward Mãos-de-Tesoura 1990
Piratas do Caribe 2003
A fantástica fabrica de chocolate 2005
Alice no país das maravilhas 2010
O turista 2010

sábado, 22 de outubro de 2011

Álvares de Azevedo

"Foi poeta - sonhou - e amou a vida."
Álvares é considerado o melhor representante da poesia ultrarromântica brasileira, sua melhor criação está em Lira dos vinte anos que estava terminando de preparar quando morreu.


LEMBRANÇA DE MORRER


Quando o meu peito rebentar-se fibra,
Que o espirito enlaça à dor vivente,                         
Não derramem por mim nem uma lágrima
            Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece o vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passatempo.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poente caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao nobre de um sineiro;

Como o deserto de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade – é desses tempos
Que amorasa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade – é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos – bem poucos – e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoidecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.

Beijarei a vontade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem ao meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz e escrevam nela:
- Foi poeta – sonhou e amou a vida. –

Sombras do vale, noites da montanha,
Que minh’alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramei- lhe canto!

Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai-me alua prantear-me a lousa!

domingo, 2 de outubro de 2011

Vovô nem é tão velho...

Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco...
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secador (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos.
Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica,
rádios FM, fitas K-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras
(nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, microondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto
e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam
e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald`s", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos.
Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?
Hiii... vovô.. mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!

Fonte: http://www.velhosamigos.com.br